quarta-feira, 5 de setembro de 2012

cães soltos cuidados, adotando, adotados, amados auuuuu


Sempre apreciei as relações entre os bichos homens, que andam por trilhas ou vivem nas ruas, com os bichos peludos de quatro patas (ás vezes 3, ora rodinhas) de olhar amigável a nos inspirar com seus exemplos de vida. Eles andam soltos e sem coleiras, soltinhos da silva. continuam fiéis aos donos que escolheram e por quem foram escolhidos, sendo companheiros de caminhada e repouso. 

Abrigos albergues, casas de reabilitação, ganham a possibilidade de auxiliar alguém a traçar novos rumos quando também abriga e acolhe os bichos. Caso contrário, os tutores preferem ficar fora e se abrigar do frio com um abraço peludo que vira latas e aquece a alma.

Entre trilhas e viagens que mereci e busquei a graça de realizar, encontrei cachorros trilhando no caminho, verdadeiros cães guias, livres, leves e soltos. Desprendidos, porém, fiéis na decisão de acãopanhar alguém. Tirando aqueles que são ensinados a caçar onças ou a se portarem como cães policias, induzidos por seres não tão superiores, admiro muito os cães que representam os vínculos afetivos sinceros...

Uma conquista agora é o Hospital Público Veterinário para cães e gatos ;) aqui no Tatuapé em São Paulo....que irá se expandir para outras regiões

 O dog que mais viveu ao meu lado é o Snoopy, agora viajando na via láctea como parte da poeira cósmica, continuando o ciclo sem fim da vida. Quando fui ao cinema com a minha mãe nas férias da escola, além do frio que senti tomando sorvete e sentindo o clima gelado do ar condicionado, o coração ficou apertado com o filme sobre o cachorrinho Luck (ou seria Flock) do filme "Lembranças de Outras Vidas". 

Filme de cachorros tem de montes....e é uma sacanagem das grandes....quem que guenta segurar o choro?! ; ) Levem lencinhos, mas principalmente aceitem e agradeçam quando algum animal adotar você, nem que seja por um instante....

http://www.mundodastribos.com/hospital-publico-para-animais-sp.html

terça-feira, 7 de agosto de 2012

...
"...É preciso ter saudades para saber. Somente quem tem saudades entende os recados dos jardins..."

O jardim dos sonhos que brotou na casa do Rubens Alves...
Uma conexão que fala dentro da gente com o Todo e Tudo aquilo que se manifesta no exterior naturalmente...  http://www.rubemalves.com.br/jardim.htm

Dhrupad


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dê inteiro, sê inteiro, vai de inteiro o dia inteiro



"Nossas sombras são detentoras da essência daquilo que somos; guardam os nossos bens mais preciosos. Ao encarar esses aspectos de nós mesmos, ficamos livres para viver nossa gloriosa totalidade: o lado bom e o mau, a escuridão e a luz. Ao assumir tudo o que somos, alcançamos a liberdade para decidir o que fazer neste mundo. Enquanto continuarmos a esconder, mascarar e projetar o que está em nosso interior, não teremos liberdade de ser nem de escolher".
"...O fato de acreditarmos que somos só "bons" ou só "maus" nas suas múltiplas expressões e de julgarmos o outro também sob essa ótica, extremamente limitada, é um dos fatores que mais atrapalham nossos relacionamentos com o outro e, principalmente, com a gente mesmo. Se uma característica nossa, considerada boa ou ruim, de alguma forma se sobressai em algum momento das nossas vidas, passamos a ser aquilo... e a não ser o oposto...
Assim, se um dia fizemos um ato de extrema coragem, passamos a ser considerados corajosos... e, o pior, passamos a defender isso, e a esconder o nosso medo... oculto, no chamado mundo das sombras, maior ele se torna. E um dia ele explode sem controle, nas horas que menos queremos, se revelando a todos...

Quando aceitamos que somos Luz e Sombra, a energia e o tempo que gastávamos tentando esconder e negar o lado sombrio, torna-se disponível para serem usados para nossa felicidade e dos que estão ao nosso redor...
A sombra acolhida e aceita é um terreno fértil para nossa Luz se manifestar..."



“Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive”
( Ricardo Reis )

domingo, 15 de julho de 2012

Piano Público


Paira no ar

O som a entoar

Canções a tocar

Corações a encantar
 
Sente-se á vontade

Sinta a vontade fluir

Criativa mente

Mesmo sem saber ao certo

Meninos e mulheres param

E disparam

Tentando tocar

Na arte da vida

O improvisar

Alegria 

Desprendimento

Formando sorrisos

Chamando a atenção

Acertando acordes

A nos acordar

Até alguém que saiba deixar rolar

o piano pianinho

tocando feito pouso de passarinho

nas águas do mar a molhar

toque certo na fome a gritar.

 Tateando teclas

 Compartilhando talentos

Lentos momentos passageiros

aos passageiros

Dissolvendo lamentos

Transmutando emoções

Eternizando dimensões

A vida se transforma em sons saudáveis

Em volta do pianinho se forma um ninho

De gente a brincar e cantar

A música revelando agora

O poder transformador

Unindo pessoas em suas diferenças

Transformando os ruídos de dor

em acordes de amor


Notas gravadas na alma

sintonizadas de cor

improvisos em cor

Rimas substituíveis 

pelos acordes sensíveis

a nos acordar

e nos despertar

para uma nova era

sem espera

A nos despir do desafinar

deixando-nus de barreiras

livres pra pisar e voar

Uma Luz no Paraíso

Mudando as estações

esquentando corpos

e almas gélidas

Florindo a alma

Soltando folhas secas de mágoas

Brotando a pura renovação



Sem condição de ter o instrumento na sala de Star

Brota possível conexão de Ser no saguão da estação

 
Brincando ou tocando

Música no Ar

Apreciando

Transmite vida quem cultivar, afinar e conservar

O piano público que nos  toca

 É tocado também pela gente da plebe

A reverberar

Unindo a encantar

Entre desencontros há harmonizações

Encontros imprevisíveis

Improvisos

Sonhos possíveis

Sutil saborosa comunicação

( Fernanda Kellyda Rocha)



( imagens retiradas : http://metronews.ca/news/calgary/259352/a-chord-a-day-to-keep-calgary-crime

-away/


http://www.goldentrash.blogger.com.br/ )

Tem esse Espaço interessante "Anima e Psique" que realiza trabalho com piano : -)

http://www.animapsi.com.br/Musica/












quarta-feira, 11 de julho de 2012

"Heyaheya heyaaho! Cante para a Mãe Terra..."


"...Mãe eu te sinto sob os meus pés 
O teu coração eu posso escutar...
Heyaheya 
Heya heya ahoo...


Ooooh Grande Espírito,venha a nós
Ooooh Mãe Terra,ouça nossa voz! 



Abra meus olhos para que eu possa ver
Os caminhos por onde andar e o que fazer



Cante -me os sons de força e poder
Canções que me digam como proceder

Somos um povo antigo
O novo povo junto
De novo 

Estamos vivos 

A Deusa está na Terra 
A magia está no ar"

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Kank Thor ;) a Pata Negra


See the morning sun
 ah ó óh óhhhhhh óh Ó


( abaixo o próprio gato expressou....ele adora sentar a bunda no computador, afinal é tão quentim. Só que nessas já virou a tela de ponta cabeça e mudou configurações que eu tive que quebrar a cabeça pra voltar ao normal. Aliás, desde quando normalidade é sinônimo de felicidade? Coisas de gatos, seres nada comuns...)

yhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhyuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuSofia





sábado, 30 de junho de 2012

Flor de Lótus: "Algumas pessoas se destacam para nós. Não há...

Esses sentimentos expressos no texto com a música do Beirute de fundo formam um aroma cheio de cor tão peculiar e sensação de presente da flor de lótus...pessoas inexplicáveis, incomparáveis e momentos inesquecíveis..com elas "NÓS NOS SENTIMOS EM CASA, DESCALÇOS, VESTIDOS DE NÓS MESMOS..."






"Algumas pessoas se destacam para nós. Não há... (continua nesse link): "Algumas pessoas se destacam para nós. Não há argumento capaz de nos fazer entender exatamente como isso acontece. Porquê dançam conosco..."

Mandala do Caranguejo

lindy longhurst 2001 cancer Mandalas Astrológicas



Mandala do Caranguejo

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Infinito



SOL
SOLITUDE
SOLICITUDE
SOLISTÊNCIA
CONSISTÊNCIA
CONSCIÊNCIA
COSMOS
SOMOS
SOM
OM
UM

AMOR
UNIVERSO
EXPANDINDO
INDO E VINDO
SENDO SOMOS
SÓ, SÓIS
SOIS!
FOI
É


( Fernanda Kellyda Rocha)





sexta-feira, 15 de junho de 2012

"Morena Flor" & "Mamãe Natureza"


Em homenagem a Mamãe Natureza que nos ajuda a cantar, realizar. Viva a Bahia, a poesia, poetas, poetisas e morenas flores! Viva o samba! Vive o Rock! 



Salve salve a Bahia porque se hoje o samba é branco na poesia ele é negro demais no coração!
Homenagem simples à amiga Nataly que finalizou o curso de Humanas e Biológicas comigo, depois que peguei 2 dependências por trabalhar (e viajar) pra viajar pra Bahia.....em Universos Paralelos.

Sinto que na vida tudo tem seu tempo, e nem sempre tempo é dinheiro, fui agraciada por uma bolsa ao longo da faculdade, mesmo assim enfrentei durezas que só consegui superar com a ajuda dos amigos e conhecidos (muitas vezes aqueles que desafiavam a paciência).

Enfim, no fim não terminei com a turma inicial, mas acreditei, me empenhei e recebi a ajuda divina por meio de pessoas maravilhosas! Ah, e ainda pude conhecer uma nova pessoa especial, morena flor!!!!

Cade ser é um Universo!
Cada um com suas diferenças e particularidades,
juntos somos UM!






terça-feira, 5 de junho de 2012



O Silêncio


"Nós os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele. 


Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras. 


Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles 


nos transmitiram esse conhecimento. 


"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam. 


Esta é a maneira correta de viver. 


Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes. 


Observa os anciões para ver como se comportam. 


Observa o homem branco para ver o que querem. 


Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, 


e então aprenderás. 


Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar. 


Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando. 


Dão prêmios às crianças que falam mais na escola. 


Em suas festas, todos tratam de falar. 


No trabalho estão sempre tendo reuniões 


nas quais todos interrompem a todos, 


e todos falam cinco, dez, cem vezes. 


E chamam isso de "resolver um problema". 


Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos. 


Precisam preencher o espaço com sons. 


Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer. 


Vocês gostam de discutir. 


Nem sequer permitem que o outro termine uma frase. 


Sempre interrompem. 


Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive. 


Se começas a falar, eu não vou te interromper. 


Te escutarei. 


Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo. 


Mas não vou interromper-te. 


Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, 


mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante. 


Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei. 


Terás dito o que preciso saber. 


Não há mais nada a dizer. 


Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês. 


Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes. 


Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio. 


Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, 


e que devemos ficar em silêncio para escutá-la. 


Existem muitas vozes além das nossas. 


Muitas vozes. 


Só vamos escutá-las em silêncio."





"Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn


( mensagem compartilhada pelo Bosque de Berkana; imagem extraida do blog : http://avisospsicodelicos.blogspot.com.br/2011/06/estados-alterados-de-consciencia-entre.html)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

o povo e a arte, a arte do povo


Somos
Eles são
Eles vão
Eles vem
Eles veem 
com a intuição
Trançando histórias
Com o coração
Poeira no chão
descobrindo páginas
das estradas 
da alma
viva 
de
emoção

Fazendo arte
em toda parte
Levando arte
a toda hora...

...Mundo afora...                                      
mundos afloram 

Livres livros
Mudos falam
contando 
cantando
pneus

Ar-te
à ti

Ar
Até
Agora
Inspiração
transpirando
o transparecer
divina arte
de viver
e ser





terça-feira, 29 de maio de 2012

"Debaixo das palmeiras...canta canta rouxinol"


Obra prima do rock...

"...despertando as borboletas...
o rouxinol ficou maluco, faz cuco...
maluco
trankilo!

...Estou sentado, a beira do caminho
Tranqüilo, trankilo, tranqüilo, trankilo...

...Debaixo das palmeiras 
assobiando, assobiando, assobiando... "



Salve Chico Mendes que ficava muito debaixo das arvre e também fazia de tudo pras arvre ficar livre e de pé, vivas com o povo da floresta...O espírito de Chico ainda vibra e reberbera pelas raízes e folhagens!


Vai aí um haikai do poeta paranaense Paulo Leminsk ?!


a palmeira estremece
palmas pra ela
que ela merece

Gato Fulano falano

Homenagem ao gato Fulano 
A fala do gato

"O gato siamês
tem uns vinte miados:
alguns são suaves,
outros exaltados;
há os miados graves
e há os engasgados.
É quase um idioma
que ainda não entendo
mas o gato bem sabe
o que está dizendo.

E até falou comigo
em linguagem de gente.
Disse: “meu amigo”,
assim de repente.

Então eu acordei
feliz e contente!
Era sonho, claro.
Mas, como se sabe,
é no sonho que ocorre
o que se deseja
e no mundo não cabe. "




( Um gato chamado Gatinho, de Ferreira Gullar. São Paulo: Salamandra, 2000. ) http://gatopeteleco.blogspot.com.br/2009/02/um-gato-chamado-gatinho-de-ferreira.html

Decifres as vestimentas de esfinges a fingir

Assombrados passamos sombras do passado que nos amassam no presente.
Projetamos fora o que preferimos deixar de ver e assumir na gente.
Pra fazer sumir da nossa frente o que é moralmente tido como feio no aparente,
fingimos displicentes negar o que sentimos.
Mas, sem nos ressentirmos nus nós nos colidimos, das sombras nos apercebemos.
Em vez de desistir, prefiro persistir, consistir, integrando estilhaços sou o que sou.
A nos assumir como somos, sem nos conformar podemos ser, apreciar e transformar.
Saindo do conforto para confrontar,
mais confortados nos sentimos
dentro do que sempre simples fomos,
muito além do que aparentamos.



AUTOPSICOGRAFIA

"O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente

E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração"

(FERNANDO PESSOA)




Brechas & Brechós

Aproveitando as brechas dos brechós
Composições criativas costuram o novo
Linhas tênues entre o sabor nostálgico do passado
E o vislumbre futurista com sabor de presente
Agora é o momento que há a nos vestir, a nos mostrar.
Agora, a nos sacudir, a nos acudir.
Transformar para desvelar regras
Tudo que se impõe como verdade absoluta
Merece ser reconfigurado e pode ser remodelado.
Figuras a compor e recompor nossas histórias
Entre momentos nus onde somos descobertos
E os momentos cobertos em que estamos a instigar
O corpo fala e expressa o movimento a fluir
A essência permanente a se manifestar
Junto com todos os aspectos mutantes
 Perspectivas transformantes
O silêncio arde na moda muda que faz alarde
Mudando paradigmas, provocando enigmas.
Arriscar, ousar, desbravar, trocar, reaproveitar.
Modificando a necessidade de querer agradar e
apenas se moldar pra ser aceito
O que vale é o respeito e aceitação de si mesmo
Considerando ser desnecessário abusar de outras espécies
Só pra agregar valor competitivo e atingir um padrão de aceitação.
Preferimos provar e apreciar novas roupagens que pulsam do coração
Desmascarando superficialidades
Expressamos provocação
Provamos o doce e natural sabor de ser o que se é
Independente de comprovações viris, aprovações hostis
A prova da vida é passar pelo desafio de ser o que se é
Sem cair no experimento de se tornar o modelo que nos dão
Nascer é cortar o cordão
Participar com a livre expressão
Sem temer desaprovação
Sem negar ou lamentar erros
Aprendemos a amar quem somos
 A nos transformar. 
Nus

 Desprendemo-NUS 
soltamos no ar o balão da idealização...
Mudar modos muda mundos!
Nus transformamos,
Nos transformamos...

(Fernanda Kellyda Rocha)

Mudar modos muda mundos!



A moda muda
Muda comunica
Expressando tendências


A moda muda é a rima
não da bermuda com a camisa,
mas do modo de expressar os sentimentos

Resgatando aspectos passados
A moda é o modo
Como cada um se sente inteiro
Ao se vestir e poder traduzir
O que pensa e quer
Jeitos e seres diferentes
Unidos caleidoscópica-mente... 

Vai muito além de estilos preestabelecidos
que induzem apenas a copiar 
É a possibilidade criativa
De cada um ao ser o arriscar
E criar os próprios modelos
Imaginar conjuntos
Sugerir ideias
Sem a espera áspera
Por reconhecimento ou badalações
Apenas o movimento natural
De se vestir desnudando padrões

Há de se poder valorizar o singular
E sem demorar amar a diferença
Desvulgarizando a essência, 
movimentando a permanência
Sem cair na crença que vende indiferença:
que todos devem seguir o mesmo estilo de corpo, modo, moda e crença.


Parecidos somos diferentes, semelhantes composições constantes
Somos mosaicos vivos
Iguais em essência
Unidos dançando com aspectos distintos

Mude, a moda muda grita!

Escandaliza, mobiliza
Dá um som visual à palavra muda
A rolar em ondas vibracionais lavando o imundo
Revelando o mundo
Espalhando aos quatro ventos
Cores e dimensões, possíveis criações 
Intuições
Orientações


Estais a descansar, cantar, brincar, extravasar
Respirar, sonhar, realizar e caminhar!


Na antiga arte de mesclar, transformar, valorizar
A queimar sutiãs quando precisar
A moda viva espelha sentimentos
retrógrados, renovados, restaurados
Lança-se ao novo!
A criar, desconstruir, reaproveitar
Informando 
Desarmando
Sugerindo novas formas
Transformáveis




sexta-feira, 25 de maio de 2012

És tela a iluminar e bailar

Estrela Bailarina
Estrelas dançarinas
Dançando com as formas
Disformes em flashs de luz
Encolhendo, descontraindo
Estreitando, expandindo
Arriscando a disparar
À ano luz te sentimos
Dançamos contigo
Descentralizando
Transformando
Transmutação
Centralização
Sem sombras
Assombrando
Criamos
Somos
Ação
Som
Sou
Luz
São
Sóis
És


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Amar zen no armazem


AMAR DE FRENTE PRO MAR
NESSA TERRA A ENCANTAR

- Um refresco, sinhô!

- É pra jáááá!


A TUBA ESTÁ A TOCAR
ALMAS AMANDO AO MAR
O TEMPO A PASSAR
NA PRESSA DE VIVER
A PRESA É VOCÊ

NA BAHIA BEIRA MAR
DEMORAR É APRECIAR

- Ahhhh, o ar! Brisa vem a refrescar!

- Olhi lá! O tubarão a cortar o mar!

-  Sem dúvida, sinto arrepios com a tuba a cantar...

- Oxê mainha! Falava eu da fera marinha.

- Ave Marinha!

-  Vixi! Teu turbante elegante distorceste o que ouviste...

- Mas, o que vejo é sem palavras!

- Diga ai meu rei tubarão! Toque a tuba do mar e na onda entoe a canção!

- Barão?  Mãe Terra nos protege dos latifundiários!

- Caçadores diários, incendiários! Deixemos que a tuba tombe os mercenários.

- Amar de Terra à Marte! Amar-te à Terra!

- O planeta vermelho? Deve ser por isso...

- O quê meu rei?

-Que o tubarão corta o mar...É Moisés a cruzar o mar vermelho. Cruzadas e cruzeiros navegantes. Cruzes!

- Luzes! Amares! Muito sangue já foi derramado nessas águas verde amarelas de palmares. Terra de pomares!

-E os rios seguem o fluxo, levam e lavam lágrimas oceano afora, molham as secas, plantam a ação.

-Olhe que o pretoóleo tem vida curta, igual da mentira, mas que quando se espalha atrapalha.

-Fizeram Pinóquios em festas das nossas florestas, o circo pegando fogo...E o grilo falante! Cadê você meu fio!!!???

- Áh, mas deixe que tá! Que cor vai sobrar com nossos contos e cantos da mata virgem do agreste a litoral encantar!

- Lembrei de uma música, só assim pra cortarmos os maus olhados "Dentro da Baleia vive o mestre Jonas desde que completou a maioridade, a baleia é sua casa é sua cidade...Dentro da baleia a vida é tão mais fácil. Nada incomoda o silêncio e a paz de Jonas. Quando o tempo é mal, a tempestade fica de fora. A baleia é mais segura que um grande návio...".

- "Porque o samba nasceu aqui na Bahia e se hoje ele é branco na poesia, se hoje ele é branco na poesia...ele é negro demais no coração!"

"FAZER SAMBA NÃO É CONTAR PIADA, QUEM FAZ UM SAMBA ASSIM NÃO É DE NADA . O BOM SAMBA É UMA FORMA DE ORAÇÃO!"

- "Quanto nome tem a Rainha do Mar? Como se saúda a Rainha do Mar? Alodê, Odofiaba. Minha-mãe, Mãe-d'água, Odoyá!!!"



O TUBARÃO TOCA A TUBA TACANDO FOGO
DESTRUINDO TACANHAS PETROLÍ FERAS
VAI TUBA! ABOCANHA E DESMANCHA QUEM MANCHA!
A BALEIA ENTOA O CÂNTICO DA CRIAÇÃO!
NA ONDA A VIBRAÇÃO DO SOM OM OM OM OM OM OM OM
DA VIDA!

- Ô que refresco de fresco!  Sinta a tuba viajando na onda sonora, num vêm de coca-cola que não cola!

- Aqui a gente nem vende coca cola. Só tubaína que não amola...e as garrafas vira janela clareando a visão!

- Viva a terna tuba uterina que nos trouxe à terra! D' Angola aqui batucamos até o luar clarear o sertão!

TUM! TUM TUM TUM TUM TUM...

 - Se quiseres suco de manga é só falar que o verdadeiro alimento dos deuses está a cair do pomar.

- Achei o sabor da terra que me espera! AXÉ! Uma jarra urgente! Depois desse som, que o sol tá pra lá de bão!

E LÁ VEM DE VIAGEM UM VIAJANTE PASSANTE

- Quanta mistura tchê! De farinha gosto do farô! Daquela que fica quentÎnha: tapioca da mandioca.

- Chega mais, se aprochegue rapaz! A maria- farinha farfalha na beira do cáis...no fejão é só pedi que a gente bota mais!

- Algo diz a alga que desaguá na alma à beira amar...beber e amar! O turbante esquenta a cuca, mas a sombra refresca!

- Ô vida boa encontrei aqui! Labutar no lar a plantar sem prejudicar...

- É...a capoeira se pôs a preservar. Quanta coisa na natureza se recriando. A contemplar, plantar, colher e colorir colar! Armazenando emoções coloridas, desarma-zen-ando revoltas e celebrações contidas, revelando e distribuindo possibilidades criativas...


- Abestado a gente não é:
  Só se sente a paz e alegria quando a gente permitir, perceber, quiser, defender e fizer!

http://trancanago.blogspot.com.br/2010/11/turbante-1.html )



"Poetar"

   


"O que o poeta quer dizer
no discurso não cabe
e se o diz é pra saber

o que ainda não sabe.


Uma fruta uma flor
um odor que relume...
Como dizer o sabor,
seu clarão seu perfume?

Como enfim traduzir
na lógica do ouvido
o que na coisa é coisa
e que não tem sentido?

A linguagem dispõe
de conceitos, de nomes
mas o gosto da fruta
só o sabes se a comes

só o sabes no corpo
o sabor que assimilas
e que na boca é festa
de saliva e papilas

invadindo-te inteiro
tal do mar o marulho
e que a fala submerge
e reduz a um barulho,

um tumulto de vozes
de gozos, de espasmos,
vertiginoso e pleno
como são os orgasmos

No entanto, o poeta
desafia o impossível
e tenta no poema
dizer o indizível:

subverte a sintaxe
implode a fala, ousa
incutir na linguagem
densidade de coisa

sem permitir, porém,
que perca a transparência
já que a coisa é fechada
à humana consciência.

O que o poeta faz
mais do que mencioná-la
é torná-la aparência
pura — e iluminá-la.

Toda coisa tem peso:
uma noite em seu centro.
O poema é uma coisa
que não tem nada dentro,

a não ser o ressoar
de uma imprecisa voz
que não quer se apagar
— essa voz somos nós. "